domingo, 27 de maio de 2012

"Progresso e Transformação Histórica"

Lendo o texto de Kant - "Resposta à Pergunta: O que é o esclarecimento?", proponho uma reflexão a respeito do progresso e transformação do homem e da humanidade.

Muito brevemente, um relato do texto mencionado:
O Homem é livre por natureza. Esclarecimento significa a saída do homem de sua "minoridade".
Minoridade é a incapacidade de servir-se de seu próprio entendimento.
O homem, apesar de ser livre por natureza, é responsável por permanecer em sua "minoridade". Mesmo livre, o Homem tem receio de andar pelas próprias pernas, de fazer uso de seu próprio entendimento, e atingir sua "maioridade"; exercendo uso livre do próprio entendimento, sem necessidade de tutores...que fazem o favor de lhes conduzir.

Pensemos agora nos rumos da história.

No fim da Idade Média e, começo do renascimento...Lutero inicia a Reforma contra a Igreja.
A Reforma Protestante veio  transformar o mundo, justamente por propor a independência e autonomia da leitura da bíblia pelo próprio fiel da Igreja - e não manter este conhecimento somente nas mãos dos padres.
Ao educar a leitura e traduzir a bíblia para a língua fluente do Crente, possibilitou maior liberdade no uso do próprio entendimento para cada fiel que segue os preceitos da Igreja.

Neste momento histórico, a humanidade - ou o Ocidente, se dispôs a uma liberdade e autonomia na busca de uma humanização do Homem, convidando cada consciência livre e individualmente a refletir em si e a partir de si mesmo sobre aquilo "que eles estimam necessário para a salvação de sua alma", conforme as palavras de Kant.

O Homem em seu processo de transformação, em direção à consolidação de uma Humanidade, necessita de sua liberdade para exercer seu livre arbítrio.
E assim, no progresso histórico, a Razão alçava vôos mais auto do que a espiritualidade...e nossa liberdade não estava mais em fazer uso livre do entendimento, e relaciona-se com a existência em sua misteriosidade. A Razão nos deu a "verdadeira liberdade" - nos livrar de um relacionamento misterioso com a existência e nos deu a "liberdade" de fazer uso da existência. Essa foi a verdadeira conquista da liberdade de um esclarecimento - O Iluminismo.

Mas se a Humanidade não tivesse abandonado sua trilha espiritual, que segue um relato misterioso da realidade, teria como segundo passo de uma Reforma  (semelhante àquela de Lutero) a libertação dos tutores perante a leitura de outras escrituras, a escritura celeste dos desígnios divinos - que convida o Homem a interpretar livre e individualmente, refletindo em si e por si mesmo, as configurações de sua própria carta natal - e os transito planetários.
Uma "segunda Reforma" em direção a um esclarecimento do homem, a respeito de sua própria identidade em sua integralidade, será proporcionar a todos a aproximação do conhecimento astrológico.    

sexta-feira, 18 de maio de 2012

"Espelho meu"

Sobre a nossa forma de viver, hoje, poderia se dizer:

    Em meio a um jogo de programa de auditório, o participante encontra-se fechado dentro da cabine. Fora estão todos os prêmios e presentes a serem recebidos. O participante,  não consegue ver nem ouvir as ofertas que são feitas, mas toda vez que tem algo a receber, acende-se uma luz, e o apresentador diz:

      - Você troca esta televisão por este carro?
    E então ascende a luz, dentro da cabine, e o participante diz:
     - Sim!
 
    E assim, prossegue o jogo...até que o apresentador pergunta:
      - Você torca o sol, para ficar com Vênus?
    O participante diz:
       - Sim!

    O sol, representante de nossa consciência, é nossa maior vitalidade; nosso centro. Ponto de postar-se perante a existência e interpretá-la, sendo a si-mesmo.
   Vênus, representante do dinheiro e do relacionamento íntimo, oferece-se como conforto e reconforto, nos dando mais do que oferecemos...deixando fora de nós aquilo que alimenta

    Entre o sol (aquilo que somos) e o ascendente (aquilo que parecemos) encontra-se a lua..
    A lua, sendo a reflexão íntima da alma, reflete aquilo que lhe dá mais brilho. Por vezes, e costuma ser muitas, a lua acolhe o reflexo do que parecemos ser, como sendo verdadeiro objeto de reflexão. Consequentemente, o sol torna-se fogo que arde sem se ver (ouvir), e nos esquecemos de nós mesmos.
    Naturalmente o ascendente é cercado de Vênus. Seja pela sequência da casa 2 (Touro) seja pela oposição com a casa 7 (Libra). E desta forma, a lua acaba por refletir tudo que dá contorno à identidade (Vênus).
     Mas Vênus, nesta situação, não revela sua verdadeira essência. Vênus está passiva.

     A atividade de Vênus só pode ser ativa, quando somos nós mesmos - quando a lua toma para sua reflexão a luz solar...e o enlaçamento ativo de Vênus se converte na edificação da sala de encontro entre sol e lua. -  recebendo aquilo que oferece, em um diálogo da alma consigo mesmo.
     Mercúrio (se a lua refletir o sol) tornar-se-á o modelador arquiteto daquilo que Vênus edifica.

     Interpretar ou ser interpretado.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Catalização dos "Tempos de Transformação"

     Quero falar aqui sobre a faísca que colocará em andamento a transformação dos tempos..
      Tomando a publicação que se segue, penso que neste ano, a partir do ingresso de Marte no signo de Libra (por volta de 24 de junho), até o natal, ou mesmo o ano novo, os acontecimentos tornar-se-ão velozes e intensos.
     
       Os trânsitos dos planetas proporcionam posicionamentos variáveis, e consequentemente, ativam relações entre-si; catalizando a expressão de energias que demandam manifestação.
        Marte irá acompanhar, no segundo semestre, a entrada de Saturno em Escorpião, entre outras configurações de grande tensão. Mas antes destas movimentações, creio que haverá algum acontecimento de grande expressão que catalizará o quadro descrito na publicação que se segue.

        No dia 15 de Julho deste ano, Marte fará um aspecto muito tenso com Urano e Plutão Estará a 1 grau de uma oposição fechada com Urano e, ao mesmo tempo, em uma quadratura de 1 grau com Plutão. E ainda, Urano e Plutão estarão em quadratura entre si.
       Quando um enfrentamento de energias tão intensas confrontam-se em signos cardinais, não tem como "nada acontecer". Assim, faço aqui uma certa previsão:

       Entre os dias 24 de junho e 25 de julho há uma enorme tendência a ocorrer conflitos intensos em toda a humanidade. Estes conflitos ocorrerão tanto no âmbito pessoal como na ordem social e diplomática do mundo.  
       O sol ingressa no signo de Câncer (signo cardinal) no dia 21 de julho, e assim, iluminará as tensões e conflitos descritos na publicação "Tempos de Transformação". teremos uma cruz (oposições e quadraturas) nos signos cardinais. Entretanto, o transito solar é rápido e passageiro, e assim, penso que os acontecimentos que estão por vir serão impulsionados por Marte - o deus da guerra.
       Quando Marte ingressar em Libra (signo cardinal), o sol ainda estará no signo de Câncer, e aí termos um esgarçamento entre energias que demandam atitudes imperativas em quatro âmbitos opostos: O "eu", minha identidade e meus desejos Áries - Urano / "minha intimidade e fragilidade", família e pátria  Câncer - sol / o "outro" e as relações de associação íntima, políticas e sociais Libra - Marte e Saturno / a manutenção da ordem e gerenciamento dos recursos sociais e a moral vigente Capricórnio - Plutão.

       Penso que por volta do dia 15 de julho uma ação humana (Marte em Libra) bélica (Marte) tomará expressão agressiva e proeminente de um egoísmo e falta de diálogo (Urano em Áries), colocando em risco a ordem vigente (Plutão em Capricórnio). O sol, que estará em Câncer, fará sentir como se a humanidade em sua fraternidade rompesse sua unidade espiritual. A partir de então, a entrada de Saturno em Escorpião colocará a ordem subjetiva e social em uma grande crise de identidade.
      A princípio, haverá um tendência a realizar a manutenção da ordem vigente (Saturno em Escorpião sextil Plutão em Capricórnio), mas com o progresso rápido de Marte por todo o quadrante que vai de Libra à Capricórnio, poderá acarretar em mais desdobramentos do evento mencionado. E por volta do natal ou ano novo, Marte volta a confrontar-se com Urano, só que agora fazendo conjunção à Plutão, e assim, surge a demanda de militarização do mundo, como também a investida de ditaduras para conter a ordem social.  

       Confesso não saber qual é o acontecimento em questão, nem a exatidão do dia, mas alguns fatores me dão indícios do que pensar. O primeiro é lembrar que neste período (dia 15 de julho) estará ocorrendo as olimpíadas em Londres. Outro fator que põe a pensar é que a oposição Áries e Libra convoca um enfrentamento entre ocidente e oriente.

       A astrologia, não se prestando ao adivinhamento, deve ser pensada como um recurso de observação e não de previsão. Mas, em meus estudos pude observar que a passagem de Marte sobre Urano (quando estavam em Peixes) foi o momento em que ocorreu o terremoto seguido de desastre nuclear no Japão. Este mesmo estudo propunha uma interpretação a respeito desta conjunção (Urano conjunção Marte em Peixes): "algum acontecimento natural (peixes) provocará uma manifestação epidêmica e contagiosa (Marte em Peixes) de radioatividade (Urano) ou de ordem biológica (Peixes).  
 

         

Tempos de Transformação

       Na astrologia sempre nos encontramos em tempos de transformação. Isto se dá desta maneira, uma vez que o posicionamento dos planetas estão em frequente movimento.
   
       Mas esta publicação pretende apontar para os "Tempos de Transformação" pelos quais estamos passando. E os indicadores desta mudança são de verdadeira relevância.
       Planetas trans-pessoais, responsáveis pelo andamento da humanidade (e não da subjetividade individual) transitam por signos cardinais. Esta combinação impõe mudanças das quais não poderemos deixar de enfrentar.
        Os signos cardinais possuem esta denominação por conta de sua energia ativa e mobilizadora de movimentos que irrompem uma "ordem estabelecida". Para melhor exemplificar, devemos ter em mente que os signos cardinais são os signos que iniciam as estações do ano, deixando para trás a estação que encontra-se já enfraquecida. - os signos cardinais são Áries, Câncer, Libra e Capricórnio
        Os planetas trans-pessoais portam uma energia catalizadora que ultrapassa a medida do Homem, não tendo este, a capacidade de dosar e moldar a energia referente a cada planeta trans-pessoal. (procurar neste mesmo blog mais informações sobre planetas trans-pessoais)

        Os "Tempos de Transformações" em que nos encontramos pode ser visto nos diferentes e diversos movimentos sociais que andam ocorrendo ao redor do mundo - ex.: a primavera árabe ou a insatisfação cada vez maior com a ordem econômica vigente.
         Porém, penso que as transformações que iremos enfrentar não se resumem a estes exemplos - se bem que para o mundo árabe as grandes transformações já se iniciaram - mas o que quero trazer aqui é um alerta para um possível aprofundamento na transformação global, que pode tomar proporções mais intensas e profundas.

          Urano (planeta trans-pessoal) encontra-se em Áries (signo cardinal). Este posicionamento leva a uma irrupção desmedida das potencialidade humanas. Por este posicionamento, podemos ter uma verdadeira revolução e inovação na maneira como o próprio Homem vê a si mesmo. Possíveis manifestações desta inovação poderia ser - e não estou fazendo previsão, só uma exemplificação A realização do clone humano, a descoberta de vida inteligente fora da terra, a invenção (ou aprofundamento) de tecnologias que nos levem a rever e re-dimensionar nossa própria identidade, ou mesmo, uma "onda de ataque dos céus", como a intensa movimentação radioativa solar que já está em andamento.
          Porém, Urano em Áries não se resume a estas colocações. Este posicionamento pode dar vazão e impelir toda humanidade a uma desenfreada ignorância, baseada na barbárie, acentuando o egoismo (Áries) e a tentativa de justamente se opor a uma transformação na própria identidade, promovendo um extremo sentimento de intolerância com a diferença.
          Urano em Áries é um momento em que a energia física, masculina, bélica e desmedida não se contém perante qualquer contenção ou controle! - poderia dizer que é "Pé na porta!"

           Plutão (planeta trans-pessoal) encontra-se em Capricórnio (signo cardinal). Este posicionamento leva a um aprimoramento dos usos dos recursos disponíveis, deixando para trás tudo que é desnecessário e obsoleto. Em tese, leva a um melhor gerenciamento dos recursos naturais e um refinamento na ordem social.
           Entretanto, este mesmo posicionamento, também proporciona uma inclinação de toda humanidade para o autoritarismo e monopólio. Expressões possíveis deste posicionamento pode ser melhor entendido com o controle cada vez maior do uso de câmeras de vigilância e controle nas grandes cidades; mas acredito que a definição mais propícia seja uma colocação já feita neste blog: "viveremos em uma ditadura política e de costumes, na qual agradeceremos sua beligerância devido ao descontrole crescente de uma moralidade vigente."

            Saturno (ultimo planeta pessoal) é responsável pelos limites e restrições às escolhas pessoais. Este planeta encontra-se em Libra (signo cardinal) até meados de outubro. Este posicionamento leva a um aperfeiçoamento das relações sociais e diplomáticas, como também, a uma reflexão dos usos de nossos atos pessoais em favor do "bem comum".
             Porém, este mesmo posicionamento acentua justamento o oposto do que foi dito. Pode conduzir o Homem a pensar que "o outro" é responsável pela insatisfação e restrição da escolha pessoal e, portanto, acarretando em um confronto duro e pouco afável entre as as partes do diálogo humano.

             Todos os posicionamentos mencionados a cima, encontram-se conflituosos, uma vez que cada uma destas expressões busca, em si e por si mesmo, dar vazão à intensa energia dos signos cardinais e, naturalmente, a um confronto destas necessidades emergentes.
            A humanidade como um todo não passará ilesa a tais exigências, que deve prosseguir até 2016. Mas sem dúvida irá ter momentos de maior ou menor expressão conforme os trânsitos planetários catalizem  tais necessidades conflituosas.      
     
   

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

"Conversa ou Resposta"

Esta publicação é uma conversa com o comentário
da publicação "Ensinar e Aprender"


"DIÁLOGO ENTRE FILÓSOFOS"

Vinham caminhando Platão e Aristóteles pela via do conhecimento; depois de umas duas horas e meia de caminhada desde a última bifurcação. Encontram-se novamente diante de um nova escolha, quando Aristóteles interrogou Platão mais uma vez:

Aristóteles: Pois então porque insiste em que devemos estudar a astrologia?

Platão: Tente me escutar com calma mais uma vez. Não conclua tão rápido, procurando acreditar só naquilo que seus olhos possam medir...você anda me saindo pior que São Tomé, ele, quando viu, pelo menos entendeu...

Aristóteles: Bom, então vê se me conta algo em que dá pra acreditar!

P: Então, o que você entendeu sobre a astrologia e conhecer o Homem?

A: Ora, aquilo que escutei. Que através da astrologia podemos conhecer-nos. Mas o que não está claro é que: Toda expressão do Homem é uma expressão de si, e todas estas são, cada uma, uma narrativa humana. E assim, todo e qualquer conhecimento humano como por ex. a Política, a Ética, a Poesia entre outras, revela algo sobre o Homem. E assim, a astrologia como é mais um conhecimento humano, é também um conhecimento sobre o Homem, que envolve a história, a geografia, a política, a evolução das espécies - e por aí vai. Mas que não está claro é o por quê a astrologia seria um conhecimento maior que os demais, assumindo uma proeminência quanto aos demais conhecimentos...pois que você não vai me dizer que todas as ciências humanas não revelam o Homem; vai?

P: Não, claro que não, pois os caminhos para o Bem, o Bom e o Belo são muitos, mas não necessariamente seja a soma de todas estas vias de conhecimento. E que o que estou afirmando é que existe um caminho de conhecimento sobre as formas eternas e perfeitas, que conhecemos como o conhecimento simbólico, que nos relembra e nos aproxima da fonte da Luz que nos dá a Ver. Que aliás nos dá a ver todas as coisas, em diferentes discursos humanos, mas que não é a expressão da existência de todas as diferentes expressões de conhecimento. Estas formas de que lhe falo, se mostra na vida diária sem que sejam vistas; e que lida com a fome a política e tudo o mais que você queira. Mas não são elas mesmas.

A: Então, está me falando que a astrologia tem uma proeminência sobre todos os demais conhecimentos?

P: Não escute parcialmente as palavras, que assim você não compreende o todo. Digo que a astrologia lida com formas simbólicas perfeitas, que dão forma às demais formas das artes, ciências e vivências humanas. E não que tem proeminência...esta palavra leva a pensar que, então, o melhor pensamento é dominador e responsável por outras formas de expressão. Então, pela última vez: Você pode aprender o conhecimento sobre o Homem, observando o voo dos pássaros, ou pelas ondas do mar...tudo é uma coisa só. E o que digo é que: A astrologia observa grandes formas simbólicas, e que, de tão simples em sua universalidade, perpassa todas as construções humanas.

A: Hum... então, assumindo compreender o que me dizes, posso me perguntar: Uma vez que conheço minha configuração, em minha Carta natal, uma vez tendo me conhecido, posso seguir e procurar ampliar o meu conhecimento sobre outras coisas e o mundo? E por saber meu Mapa Astral, tenho uma vantagem, pois conheço não só as demais ciências e artes, mas sim a grande ciência que se sobressai perante as demais ... e com isso, quero perguntar: qual a necessidade da astrologia para o Homem? Isto porque, só se pode verdadeiramente falar sobre conhecimento, quando posso provar, demonstrar e explicar como são as coisas.

P: A utilidade não nos dá nada a não ser prestar-se para colocar a serviço de algo. E que a astrologia não serve para algo, mas sim revela algo, antes que estas coisas prestem-se às suas tarefas. Quero dizer: A astrologia se "serve para" apontar para o desenvolvimento do Homem desde seu nascimento até a sua morte, falando do seu desenvolvimento linear. "Serve"antes, em suas palavras, para o conhecimento das formas simbólicas, que apresentam-se como aceno do fluir do rio de Heráclito. Assim, mais do que predizer a observação do progresso material de uma personalidade, penso que a astrologia sirva justamente para nada; já que narra o passar do tempo, acenando para as formações celestes, que é o fluxo da eternidade. Enquanto que as demais e todas as ciências são os fazeres humanos que marcam sua morada. São as barragens neste eterno fluxo no rio do tempo , que marcam sua historicidade. Mas que não mostra sua totalidade - que é circular, e não linear.

P: Procurando concluir. A astrologia se presta para auxiliar na audição do pertencimento do Homem em seu mundo. Narra o Tempo-Espaço do Homem em acordo com sua própria participação, que se revela em seu acenar de volta para o fluxo do correr do tempo - e não o uso que fazemos do tempo ou do espaço: Que nos leva a esquecer justamente de nossa participação, distorcendo-a em "dominação e uso do mundo".


Obs: ao comentador da publicação mencionada, ou àqueles que prestam atenção neste diálogo, sugiro a leitura da seguinte publicação: "Calendário astrológico" - neste mesmo blog.


"Psicanalíticas"


Marte é a vontade de pegar

Vênus é a vontade de ser pego

Mas Vênus, não é tão nítido à percepção
devido à sua proximidade e familiaridade com a lua.

Lua e Vênus são íntimas na passividade.
A grande diferença entre estas sensações é que:
A lua é passiva internamente, trata de uma intimidade psíquica e emocional;
Vênus tem sua passividade concreta, de consequências no envolvimento material.

Vênus é aquilo que nos paralisa; e por isso nos conduz,
uma vez que ficamos sem movimento - e consequentemente - nos tornamos "objeto".

Este "objeto" é justamente nossa fração mais preciosa no (des) envolvimento material:
Nosso Corpo - Nosso Nome

Somos carregados como pérolas (Vênus), no correr das águas (a lua) do dia-a-dia emocional.
Entregando-nos e rolando na existência
querendo "correr atrás" aquecido pela vontade de Marte.

E assim molda-se o desenvolvimento de uma personalidade.

A personalidade depende basicamente do sol e Saturno,
que delimitam as margens do fluir da lua.
Isto porque:
O sol é a luz que permite se fazer ver.
Saturno é onde a luz se recolhe e resfria a plasticidade lunar.

Júpiter cuida de toda a amplitude do horizonte pessoal.
Oferece a gama de experiências,
de diversas e diferentes formas de contatos, cheiros, sabores ...

E Mercúrio...fica pra depois.
Tanto aqui para um outro texto,
como também, em momento tardio do desenvolvimento de uma personalidade...quando se desenvolve, para além de lua e Marte.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"Ensinar e Aprender"


A verdadeira primeira aula de astrologia deve ser a seguinte:

Só é possível ensinar metade do conhecimento astrológico - a parte analítica.
A parte analítica da astrologia consiste em apresentar seus diversos elementos em sua simplicidade, e conduzir o estudioso da astrologia até as mais complexas combinações dos diferentes aspectos que compõem sua simbologia.

No entanto, não se pode ensinar a ser astrólogo!
Na astrologia, não existe um único e correto caminho de interpretação, e isto faz com que não possa existir qualquer lição para tal propósito.

Assim, para ser honesto com aqueles que buscam este conhecimento, é preciso dizer:
O conhecimento astrológico depende de uma intuição pessoal, de um silenciamento dos conceitos analíticos estabelecidos, para que possa emergir a sonoridade viva de qualquer configuração de uma Carta Natal.

obs: Tenho para mim a seguinte convicção: Todos sabemos astrologia, o que é preciso é apenas relembrá-la.
Isto porque, a Carta Natal pessoal não é um mero acaso; esta é estabelecida entre a necessidade (de um carma material) e a escolha daquele que com-forma-se e confronta-se com um destino e desenvolvimento a seguir.

Assim, para concluir esta publicação, gostaria de elucidar o seu título:
Ensinar astrologia é uma tarefa parcial
Aprender astrologia é uma disposição integral, íntima e pessoal.