segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"Ensinar e Aprender"


A verdadeira primeira aula de astrologia deve ser a seguinte:

Só é possível ensinar metade do conhecimento astrológico - a parte analítica.
A parte analítica da astrologia consiste em apresentar seus diversos elementos em sua simplicidade, e conduzir o estudioso da astrologia até as mais complexas combinações dos diferentes aspectos que compõem sua simbologia.

No entanto, não se pode ensinar a ser astrólogo!
Na astrologia, não existe um único e correto caminho de interpretação, e isto faz com que não possa existir qualquer lição para tal propósito.

Assim, para ser honesto com aqueles que buscam este conhecimento, é preciso dizer:
O conhecimento astrológico depende de uma intuição pessoal, de um silenciamento dos conceitos analíticos estabelecidos, para que possa emergir a sonoridade viva de qualquer configuração de uma Carta Natal.

obs: Tenho para mim a seguinte convicção: Todos sabemos astrologia, o que é preciso é apenas relembrá-la.
Isto porque, a Carta Natal pessoal não é um mero acaso; esta é estabelecida entre a necessidade (de um carma material) e a escolha daquele que com-forma-se e confronta-se com um destino e desenvolvimento a seguir.

Assim, para concluir esta publicação, gostaria de elucidar o seu título:
Ensinar astrologia é uma tarefa parcial
Aprender astrologia é uma disposição integral, íntima e pessoal.

3 comentários:

  1. É assim que eu sinto já que minha função intuitiva é predominante. Fiquei emocionada com o texto pq ser astrólogo(a) é um proceso da Alma. Eu adoraria ver seu mapa astral natal. Abraço Cynthia.

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  2. Olá Cynthia, fico feliz em poder compartilhar minhas compreensões; principalmente se estas ressoam e encontram reverberações em outras pessoas. Afinal, este blog foi criado para ensinar astrologia a quem queira aprender e, poder dialogar, não só com aprendizes, mas também - e porque não principalmente - com estudiosos da astrologia: como é seu caso.
    Quanto a questão de apresentar minha Carta Natal, penso que seja um pedido legítimo,vindo de uma astróloga. Mas por essa mesma razão, tenho certeza de que você compreenderá minha escolha em não fazê-lo.
    Claro que não haveria um motivo específico em não falar sobre meu mapa, que aliás uso como exemplo rotineiro em aulas e trocas de "visão de mundo", quando realizo leituras de outros mapas. Mas aqui, sentiria minha intimidade muito exposta à uma amizade ainda em construção. E em um espaço (cibernético) muito amplo...sem fronteiras e limites de manipulação.
    Espero que possamos trocar conhecimentos e estreitar uma amizade por esta via de afinidade - a astrologia.
    Abraço.

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  3. Conhecer astrologia então é conhecer o próprio homem. Mas em que momento a astrologia ganha uma proeminência no conhecimento de si em relação a outros logos, como a filosofia, a poesia, o conto...?
    Ou seria melhor dizer que a astrologia, como toda logia é um conhecimento de si? E que não haveria uma proeminência da astrologia frente aos outros logos? E então se colocaria a questão: para que, então astrologia? Qual é a necessidade da sua desnecessidade para o homem? Quero dizer, você já demonstrou em alguns textos aqui, como por exemplo a análise de Édipo, a relação da astrologia com o conhecimento de si do homem. Mas a minha questão agora é comparar essa importância com a importância dos outros logos. (sei que há muito disso no seu blog, mas talvez não uma resposta direta a essa questão: no fundo, estamos a falar do mesmo, e essa pergunta nos fará caminhar e nos aprofundar um pouco mais em nosso labirinto dialogal).

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